Poesia: Viva a Compaixão!

Quando criança eu sonhava em viajar o mundo
Conhecer os segredos dele afundo,
Visitar países lindos e ver diversas culturas
Matas intocadas onde poderia viver novas aventuras;

Eu abria os livros de curiosidades e ansiava pelas maravilhas que me aguardavam,
Via um mundo cor-de-rosa que os livros me mostravam;

Então eu cresci.
E o mundo que conheci era aquele mostrado nas telas da televisão,
Era o mundo que eu via na porta da padaria, quando ia comprar pão;

Um mundo onde crianças não tem o que comer,
Onde pessoas com poder colocam inocentes para morrer
Presos numa guerra de poder;

Um mundo onde a fome mata mais do que a guerra,
Onde as pessoas temem o dia de amanhã
Pois não sabem o que os espera;

E em meio a tanta dor e aflição
Um sentimento pungente dilacera nossos corações;
Um sentimento que Jesus
Muito tempo atrás ensinou o significado através de Suas ações;

Ao olhar a multidão aflita, sedenta e cansada
Como ovelhas sem pastor,
Ele sentiu compaixão;

Uma palavra tão bonita
Com um significado tão profundo:

Ao olhar para o próximo e ver a sua dor
Surge o desejo de ajudar e estender a mão;
É um impulso altruísta de ternura para com o sofredor;

Neste mundo há coisa lindas para se ver
Disso não podemos negar;

Mas o choro angustiado de uma mãe que não tem como seus filhos alimentar
É mais alto do que o barulho das cascatas trovejantes que embelezam algum lugar;

É o frio,
É a fome,
É a dor;

É a lágrima silenciosa dos que sofrem por falar do verdadeiro amor;
Enquanto isso,
Eu aqui,
Sem fome, sem frio e sem motivos para temer;

A discrepância é tão grande
Que grita ensurdecedora a compaixão
E surge em rompante de dentro do coração;

O desejo de ajudar,
O desejo de acolher,
O desejo de fazer alguma coisa, por menor que seja
Para fazer essa dor ceder;

São 266 países
E mais de 7 bilhões de pessoas neste mundo.
Quantas dessas sofrem em silêncio mudo?
E quantas ouvem o sofrimento e se fazem de surdos?

Dessas pessoas, quantas sentem compaixão?
Quantas estão dispostas a ajudar?
A dar para a criança faminta o pão?

Quantas dessas pessoas realmente querem ajudar?

Hoje eu sou crescida, mas ainda não pude meu sonho realizar.
Não tenho como viajar o mundo e conhecer as belezas que Deus criou.
Não tenho como abraçar o órfão no Afeganistão,
Não tenho como consolar a viúva que perdeu seu marido para uma guerra que já passou da terceira
geração;

Eu não tenho muito a ofertar;
Tenho meus dons e talentos,
Meu tempo e minha disposição;

Dobro meus joelhos em oração
E intercedo pelas vidas perdidas
Como ovelhas sem pastor;
Intercedo por aqueles que choram em meio a aparente inesgotável aflição;
Intercedo pelos homens e mulheres que estão ao redor deste planeta
Fazendo o que não posso fazer:
Levando a palavra de consolo e salvação;

Isso é o que eu tenho para ofertar,
Mas faço confiante de que Deus pode minha ajuda multiplicar;

Pois assim como muitos anos atrás,
Com cinco pães e dois peixinhos,
Jesus alimentou uma multidão,
Nossa ajuda, por menor que seja,
Será capaz de alcançar toda e qualquer nação.

Thalita Griffo Wanguestel Raphael

 

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