Em 2019, eu, Andressa Neves, aos 20 anos de idade, saí de minha cidade, no interior do Amazonas, com o coração ardendo e os olhos brilhando por missões. Eu estava disposta a cumprir o IDE e levar o Evangelho ao meu povo, mas precisava entender: quem é o meu povo? Isso eu só descobriria tempos depois e a resposta não seria tão óbvia quanto parecia.
Ingressar no programa Radical traz um misto de emoções, tais como: o medo do novo, a saudade de quem amamos, a alegria de servir ao Reino, a tristeza de perder amigos e datas importantes, e a gratidão por ganhar uma nova família. De todas as inquietações e incertezas que o coração e a mente humana podem produzir, nenhuma supera a alegria de ver o olhar de esperança de um novo convertido ou a emoção de receber um abraço tão sincero e cheio de amor de uma criança.
Quando entendi e obedeci o chamado de Deus para minha vida, me inscrevi para o programa Radical Amazônia. Eu queria tornar conhecido o Cristo que me encontrou e me amou. Queria mostrá-lo a outros que precisavam ser encontrados e amados com o amor que excede toda a compreensão humana (Efésios 3:19). Assim, eu disse a mim mesma que levaria
esse Cristo ao meu povo, ao meu Amazonas.
O que eu ainda não sabia era que o meu povo não se resumia a um espaço geográfico. Não era uma cidade, um estado ou um país. O meu povo é todo aquele que necessita da graça salvadora. Talvez, sejam idosos que pedem por companhia, mulheres que necessitam ser ouvidas, crianças que choram por atenção e amor. O meu povo são as pessoas que, quer sejam do Norte ou do Sul, de dentro ou de fora do Brasil, precisam encontrar o Deus da salvação. Seja onde for, onde me mandar, irei.
Texto: Andressa Neves – Radical Amazônia