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Deus não dá ponto sem nó!

Você já ouviu essa expressão? O Senhor não dá um ponto sem nó. Pois é, no campo missionário, temos visto cada dia mais essa realidade. Deus move tudo para que se cumpra a sua boa perfeita e agradável vontade.

Não sei se tu sabes, mas a região Sul é um dos lugares mais desafiadores para levar o Evangelho. Como gaúcha, eu posso falar! Pensa em um povo que ama seu estado e defende sua bandeira, mas no meio disso tudo tem muita tristeza, marcas e dores. Temos um título que não traz orgulho: somos o número 1 em suicídio no Brasil, o estado com maior índice de depressão. Além disso, no nosso estado, adolescentes e jovens têm contado com bebidas e cigarro muito cedo.

Faz quatro anos que estou no campo missionário e, acredite, para mim, que sou daqui, foi desafiador… imagina para quem vem de fora! Somos uma mistura de muitos povos e culturas. Quando começamos nosso trabalho, estávamos em uma região de colonização pomerana, vizinha de uma cidade com colonização portuguesa, e hoje estamos na Serra Gaúcha, com colonização italiana. Ah, esqueci de te contar que eu tenho raízes alemãs.

O Sul mistura culturas, e isso acontece também quando falamos sobre fé e religião. Pra você ter ideia, tem cidades em que o cemitério é dividido: uma parte para católicos e outra parte para os evangélicos. Bah! Imagina cada um com uma crença… as pessoas estão perdidas e procuram tudo que tem disponível para resolver seus problemas, e, quando apresentamos Jesus, elas resistem, porque Jesus é simples. Elas estão tão cheias de dúvidas, porque acreditam que precisam fazer isso ou aquilo pra serem salvas, que, quando falamos que o preço foi pago na Cruz, é difícil de entender.

Durante esses poucos anos de ministério, tivemos muitas experiências. Algumas boas e outras não tão boas assim. Às vezes, dá sim vontade de desistir e voltar pra casa, mas o amor pela obra é maior que os desafios, a dor ou o medo, e permanecemos, porque não é por nós, Cris e Amanda, é por Ele e para a glória dEle! Dentre essas muitas e muitas situações que vivemos com Jesus aqui no campo, uma delas quero compartilhar contigo.

Há algum tempo, estávamos fazendo uma campanha para arrecadar brinquedos, material escolar e coisas para nossas crianças e para o trabalho com os pequenos grupos infantis. Com a graça do Senhor, ganhamos muitas coisas! Dentre elas, um kit boxeador infantil, com luvas, saco com areia e um cinturão. Na hora, pensamos: “O que vamos fazer com isso”? Guardamos. “Até porque, se deixarmos para os adolescentes, eles vão usar para bater uns nos outros nas suas brincadeiras!”

Passou um tempo, e estávamos visitando as mulheres da igreja, para entregar uma lembrancinha pelo Dia da Mulher. Quando fomos à casa da irmã, que era pertinho da nossa casa, ela ainda não tinha chegado do trabalho, e foi nessa hora que uma das cenas que mais me marcou aconteceu: de perto da casa dessa irmã, saiu uma moça gritando na rua pedindo ajuda. Cheguei na porta da casa e me apresentei, e uma mulher chamava e tentava acordar uma senhorinha que estava sentada no sofá. Ofereci ajuda. Verifiquei a pulsação… já não tinha mais. Ela já estava sem cor, sem respiração. A mulher que estava com a senhora era cuidadora dela. Chamamos a ambulância, e confesso que na hora não sabia se orava ao Senhor pedindo pela senhora ou pelas pessoas que estava em volta ou por nós. Enfim, os médicos tentaram reanimá-la, mas, naquela tarde, a senhorinha partiu… calma, tranquila, depois do seu café da tarde, sentada na sua poltrona.

Fora da casa, havia muitas vizinhas e dois guris (filhos da cuidadora da senhora). Eu conversava com as vizinhas, que falavam da fé da senhorinha e de como ela era boa, e, então, convidei as vizinhas para orarmos e ali na rua fizemos isso: uma oração pedindo por consolo e evangelística ao mesmo tempo (temos que aproveitar as oportunidades). Amanda conversava com os meninos. Ela orou com eles, pois estavam espantados por terem visto a senhora naquelas condições.

Ficamos de voltar outro dia e voltamos à casa da cuidadora e dos meninos. Conversamos com eles e com a mãe, falamos de Jesus e entendíamos que não foi por acaso que passamos naquela rua, naquele dia. Quando estávamos nos despedindo, creio que, por direção do Espírito Santo, olhei para o guri mais velho e falei: “Nós temos em casa um kit de boxeador que ganhamos. Tu queres?” Ele ficou espantado e disse que queria! Lembra? Deus não dá ponto sem nó!

Tempos depois, quando voltamos para entregar o kit, a mãe nos contou que ele estava muito rebelde, dizendo que não acreditava em Deus e que, se Deus existisse, ele ia ganhar as luvas de boxeador. (Vai falar o que nessa hora? Deus é maravilhoso e surpreendente!). Conversamos com os meninos, oramos, falamos que Deus se importava tanto com eles que encaminhou tantas coisas para que esse kit chegasse até as mãos deles, para que pudessem ver que o Senhor ouviu o que ele tinha falado.

Começamos a visitar a família e a fazer estudos. Os guris começaram a participar do PGM e conheceram Jesus. O Senhor nos deu ali amigos queridos! Sobre a senhorinha, não sabemos se ela era crente em Jesus, mas sabemos que o Senhor usou o dia em que a chamou para que Amanda (minha dupla no campo) e eu pudéssemos entregar para um guri algo que Ele separou especialmente para ele. Mesmo que muitas vezes não entendamos, tudo está no controle do Senhor. Pode demorar para você entender, mas a obra que Ele começa não desmancha e não para, porque o Senhor não dá um ponto sem nó!

Como Missionárias Radicais, o Senhor nos chama a amar esta terra, tratar, semear, regar e colher. Cremos que Ele vai fazer coisas maravilhosas e extraordinárias aqui no estado, restaurando o povo do Sul para honrar Seu nome com um amor maior do que honra sua terra. Sonhamos com isso e estamos firmes aqui pelo propósito de ver Jesus como Senhor e Salvador desta terra!

Queridos, os campos gaúchos estão prontos, só aguardando mais trabalhadores para a seara. Se teu coração tem queimado pela obra, saiba que estamos orando por ti. Venha fazer parte do Radical Sul e se envolva na campanha na sua igreja local, pois seu envolvimento aí dá frutos aqui!

Texto: Cris Janke Oliveira – Missionária Radical Sul

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