Meu nome é Daniel Costa Nascimento e vim de Vitória da Conquista, na Bahia. Lá, eu servia na Segunda Igreja Batista em Vitória da Conquista. Deus já vinha trabalhando um chamado em minha vida. Meu dom sempre foi servir, independentemente da área na igreja. Se houvesse necessidade, estava pronto a ajudar.
Assim, Deus foi me despertando para a necessidade de mais trabalhadores para a seara. Percebi que na minha cidade e no meu estado havia a necessidade de trabalhadores, mas que existiam lugares que também precisavam, mas para onde nem todos estavam dispostos a ir. Quando tive contato com uma missionária do projeto Radical Amazônia, que estava em promoção missionária na minha cidade, entendi Deus respondendo todas as minhas dúvidas e me confirmando que a hora havia chegado.
Fui para o campo missionário com 24 anos e participei da 17ª turma do Radical Amazônia. Creio que Deus me preparou para esse local. Sou biólogo e vejo que Ele me proporcionou essa formação para me aprimorar para o campo.
A primeira comunidade ribeirinha em que atuei foi Itapéua, parte do município de Coari, às margens do Rio Solimões. Depois, fui designado para a comunidade de Pindobal 2, pertencente ao município de Nova Olinda do Norte; porém, durante a transição para a nova comunidade, fiquei um mês apoiando a comunidade de Vila de Canumã. Esses foram os campos pelos quais passei antes de me casar. Após o casamento, atuamos em Axinim, distrito de Borba, até ser transferido para o nosso campo atual, Capixaba, município do estado do Acre.
No campo, me casei com a missionária Késia Machado Guimarães Costa. Somos da mesma turma do Programa Radical e foi nesse tempo que nos conhecemos. Durante dois anos nos mantivemos em oração e, após esse período, nos casamos, para a glória de Deus. Considero que minha esposa foi a última confirmação de Deus para o chamado pastoral. Pastoreá-la é uma dádiva de Deus e ela sempre reconheceu esse chamado em mim.
O chamado ao ministério pastoral foi algo que rejeitei durante minha adolescência. Muitas pessoas diziam que eu tinha esse chamado, mas eu rejeitava, creio que por não entender corretamente. Porém, no campo missionário, enxerguei que Deus vinha me preparando para esse ministério e, desde então, me submeti à vontade do Pai.
A experiência que marcou muito esse chamado ao ministério pastoral ocorreu na minha primeira comunidade. Lá, tive a oportunidade de discipular uma família muito querida. Fazíamos estudos e PGMs com eles. O Lucas, em especial, foi um jovem dessa família que me marcou. Criamos um laço de amizade discipuladora muito forte. Lucas começou a estudar mais a fundo a Bíblia conosco e a participar das organizações missionárias e visitas nas outras comunidades. Pude dar aula de violão para ele e vê-lo tocar nos cultos e caravanas do Barco O Missionário. Para Glória de Deus, Lucas se batizou, junto de seu pai, sua mãe e sua avó. Ele permanece firme na igreja servindo ao Senhor e mantemos contato.
Hoje, estamos servindo em Capixaba, um pequeno município no estado do Acre. Durante a conferência de aniversário da igreja mãe da nossa plantação, realizamos o meu concílio para o ministério pastoral, no dia 15 de fevereiro de 2025, quando fui aprovado, para a Glória de Deus. O culto de ordenação aconteceu no dia 22 de fevereiro de 2025, na mesma igreja.
Minha expectativa é poder exercer o ministério com sabedoria, de forma que glorifique a Deus. Sempre que penso que agora sou pastor batista, me vem um temor muito grande, pois é uma grande responsabilidade apascentar as ovelhas do Senhor. Meu grande sonho como pastor é poder transmitir o evangelho de Cristo fielmente, resplandecer Seu amor pelos perdidos e alcançar muitas pessoas para o Reino de Deus.
Pr. Daniel Costa Nascimento – Missionário na Amazônia