Foram seis meses muito especiais em nossas vidas. Tempo de aprendizado, de convívio e de acolhimento; muito aprendizado teórico e prático, pois o tratamento seja por parte dos professores e/ou colegas, apesar do on-line, pôde ser percebido e sentido, ou seja, foi capelania na prática.
Apesar de sermos ainda uma pequena congregação, cinco alunos foram enviados ao curso de capelania: o pastor e mais quatro irmãs. Devido à dificuldade com sinal de internet, visto que estamos em uma quase zona rural, assistimos a um bom número de aulas juntos, nas dependências da igreja, sempre com muito entusiasmo.
No decorrer do curso, estivemos em constante contato com a escola local, preparando o ambiente para a apresentação do projeto. É importante salientar que o contato com a escola já vinha de anos anteriores, ocasiões em que levamos aos alunos algum tipo de atividade e a homenagem aos professores no dia especial.
No momento oportuno, apresentamos o nosso projeto à diretora da escola que, como sempre, nos recebeu muito bem, leu o projeto, elogiou a proposta e disse que o encaminharia à Secretaria de Educação do Município para a devida aprovação. Encerramos o ano de 2021 e o projeto não foi aprovado.
Durante a elaboração do projeto, decidimos que a irmã Rita, por ser educadora, conhecer o ambiente escolar e falar a linguagem da escola, mesmo estando parada há alguns anos, seria a nossa líder. Na ocasião ela estava desempregada e em busca de um emprego, a solução encontrada caso o projeto fosse aprovado, seria conseguir mantenedores do projeto e assim ter a irmã Rita à frente do trabalho.
A Bíblia nos diz em Efésios 3.20, que “Deus é capaz de fazer muito mais do que pedimos ou pensamos, …”, e foi o que aconteceu. No início de janeiro deste ano de 2022, a escola realizou um novo processo seletivo para completar o quadro de professores, pois alguns dos que foram aprovados no processo seletivo de dezembro de 2021 desistiram. Diante da oportunidade, a irmã Rita, que é pedagoga, mas que já estava fora da escola há quase 10 anos, resolveu se inscrever e fazer a prova, mas não tinha muita esperança de ser aprovada, devido ao tempo de afastamento. Para surpresa e alegria de todos, poucos dias depois saiu o resultado e a Rita foi aprovada.
Como resultado, fruto das bênçãos de Deus, hoje, temos uma Capelã dentro da escola, sustentada pela escola, com todos os direitos de um regime CLT, o que dificilmente conseguiríamos dar a ela. Uma vez que o projeto ainda não foi aprovado, creio e tenho dito à Rita que Deus a enviou adiante de nós para “espiar a terra”. Ela tem sido os nossos olhos e os nossos ouvidos, e no momento certo lá estaremos.
Duas outras capelães da equipe, Adelaide, que também é professora, em outro município, comunicou à direção escola onde leciona que havia feito o curso de capelania escolar e que gostaria de desenvolver ações na escola. Agora, ela e uma colega vão dar início a um projeto nesta escola. Luiza, que é filha de Adelaide e faz pedagogia, vai ajudar na mesma escola a alfabetizar os alunos com defasagem de aprendizado, tendo em vista aplicar os ensinos da capelania.
Glórias sejam dadas a Deus pelos capelães escolares no Brasil!
Texto: Pr. Helder Hudson – Congregação Batista Águas Claras / São Sebastião das Águas Claras, Nova Lima (MG)
Adaptação: Redação de Missões Nacionais