Na maior parte das vezes, ouve-se falar em “Dia do Índio”. No entanto, a diversidade é tão grande, que, segundo o doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), Daniel Munduruku, pertencente a etnia Munduruku, a data comemorativa poderia ser substituída pelo Dia da Diversidade Indígena.
O Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 contabiliza uma população indígena composta por 896 mil indígenas, divididos em 340 etnias e falantes de 181 línguas indígenas. Por conta disso, pode-se falar sobre a data como Dia da Diversidade Indígena.
No campo educacional, muitos indígenas têm alcançado êxito em Universidades Estaduais, Federais e Privadas no Brasil em nível de graduação e pós-graduação, como mestrado e doutorado em áreas como Direito, Enfermagem, Pedagogia e outras. Além disso, um grande contingente de professores indígenas graduados trabalha em escolas indígenas nas redes municipais e estaduais. Essas conquistas são muito significativas!
A Missão ALEM, em Brasília, tem investido na formação de tradutores indígenas da Bíblia, em parceria com a Aliança Global Wycliffe, proporcionando a tradução da Palavra de Deus para a língua indígena, preservando os valores culturais e linguísticos à luz da Palavra de Deus.
Os batistas brasileiros, por meio de Missões Nacionais, têm contribuído e valorizado a causa indígena através dos trabalhos científicos realizados ao analisar, traduzir e grafar as línguas, produzir dicionários, materiais didáticos e paradidáticos de educação intercultural e de uso das escrituras, além de traduzir a Bíblia, o Novo Testamento e porções bíblicas nas línguas indígenas com as quais trabalham. Para o futuro, Missões Nacionais planeja desenvolver e expandir ações que visam contribuir de forma relevante com as Comunidades Indígenas e a expansão do Reino de Deus entre os povos indígenas brasileiros.
Em tempos de pandemia, os batistas brasileiros não deixaram de expressar a sua solidariedade aos povos indígenas na ação social. Continuaram com a entrega de alimentos às famílias, suporte espiritual e emocional, obedecendo e preservando todas regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
O nosso desejo e empenho é para que os povos indígenas brasileiros continuem crescendo nas diversas áreas, ocupem espaço no mercado de trabalho e sejam reconhecidos e respeitados como cidadãos.
No amor de Jesus Cristo,
Pr. Valdir Soares, Missionário de Missões Nacionais.