Que tipo de soldado quero ser?
Estamos iniciando uma nova campanha e com ela trazemos novas metas! Qual é a sua meta para esta campanha?
O apóstolo Paulo diz em 2 Timóteo 2.3-5: “Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se permite envolver em negócios da vida civil, porquanto seu objetivo é agradar aquele que o recrutou para a guerra.”
Todo crente é chamado para servir como bom soldado de Cristo! Estamos em guerra e, nós sabemos bem disto! A mobilização missionária é uma batalha espiritual, pois nosso inimigo trabalha para que as igrejas vivam distraídas com suas construções, projetos internos, programações voltadas para si, e não priorizem a obra missionária. Por isso, não existe técnico em mobilização, mas soldados de Cristo, que têm como objetivo agradar aquele que os recrutou! Vamos pensar um pouco sobre isso!
A principal função do exército é a defesa da nação e seus soldados são preparados para isso! Lendo o Livro “A Necessidade da Oração” de E. M. Bounds, li uma frase que me fez refletir:
“Paulo era, acima de tudo, um soldado da cruz. Para ele, a vida não era um mar de rosas. Ele não era um soldado de desfiles e fantasias, cujo ofício era vestir um uniforme em determinadas ocasiões. Sua vida foi um intenso conflito, o enfrentamento de muitos adversários, o exercício da vigilância atenta e constante esforço.”
Esta frase em destaque me chamou a atenção! Quando vamos aos desfiles no dia 7 de setembro e vemos os soldados desfilarem com tanta pompa e organização, é realmente fascinante! Mas, esta não é a principal função do exército. A qualquer momento, todos podem ser convocados para a guerra, na defesa do país!
Comecei a pensar sobre nosso papel como cristãos! O que temos desejado? Os desfiles têm nos enchido os olhos? Será que de fato entendemos que nosso lugar é na trincheira?
É bem verdade que Deus muitas vezes nos honra nos dando mimos e oportunidades de até “desfilarmos”. Sim! Quando vemos nossa igreja respondendo aos desafios e apelos, quando vemos alvos ultrapassados, quando celebramos as vitórias, quando somos elogiados por nosso trabalho! Mas, nosso coração não deve ser de um soldado que espera pelos desfiles. Fomos chamados para a trincheira! Sabe por quê? Porque é dali que vem as vitórias, do lugar secreto com o Senhor dos Exércitos! Nenhum exército vende batalhas em desfiles. Deus quer encontrar em nós um coração que O ama mais dos que aos desfiles! Ele procura por cristãos que amam as trincheiras, soldados cientes que a sua principal função é estar diariamente no campo de batalha, afinal, mobilização missionária é batalha espiritual!
Ah, como subestimamos o poder da oração em nosso ministério! Muitas vezes nos frustramos com a resposta da igreja, mas nem observamos que buscamos pouco a Deus na trincheira!
Veja o que E. M. Bounds disse também em seu livro “A Arma da Oração”:
“Em muitos lugares, há um estado alarmante, em que muitos dos membros das nossas igrejas não são homens e mulheres de oração. Muitos dos que ocupam posições proeminentes na vida da igreja não são homens de oração. Temo que muito do serviço da igreja esteja em mãos de pessoas para as quais o quarto de oração é algo totalmente desconhecido. Não surpreende que a tarefa não tenha sucesso.”
Com a correria dos nossos dias, caímos no sério risco de deixar de lado a oração. Trabalhamos tanto na igreja, nos envolvemos com tantas coisas de Deus, que não temos tempo para Deus!
- M. Bounds continua:
“Ao realizar a obra de Deus, não há substituto para a oração. Homens com habilidades financeiras, instruídos, de influência no mundo – nenhum deles pode ser colocado no lugar dos homens de oração. Os apóstolos fizeram da oração sua principal atividade. Ela era a primeira em importância e em resultados. Deus nunca entregou nem entregará os interesses de peso de seu Reino a homens que não oram e não fazem da oração um fator controlador e notável em sua vida. Os discípulos não permitiam que nenhum dever, por mais sagrado que fosse, os envolvesse tanto a ponto de consumir o tempo e impedi-los de dar à oração o primeiro lugar.
Jesus Cristo é o líder divinamente designado do povo de Deus, e nada prova sua notável adequação para esse serviço tão plenamente como seu hábito de oração. Suas vitórias foram garantidas nas batalhas e na comunhão de suas noites inteiras de oração. Sua liderança era uma liderança de oração. Ele era um grande líder porque era grande na oração. Todos os grandes líderes de Deus moldaram sua liderança nas batalhas do quarto de oração. Muitos grandes homens conduziram e moldaram a igreja, e não eram grandes na oração, mas eram grandes apenas em seus planos, opiniões, organizações, talentos naturais, por força da inteligência ou de caráter. Contudo, eles não eram grandes para Deus. Mas Jesus Cristo era um grande líder para Deus. Dele era a grande liderança da oração.”
É na trincheira, no quarto de oração que o cristão vence as batalhas! É ali que nos tornamos grandes para Deus! Que o Senhor dos Exércitos nos ajude nesta campanha, a alcançarmos a meta de sermos bons soldados de Cristo, levando a transformação que somente Ele pode fazer!
Deus nos abençoe!
Silvana S. P. Martines
Coordenadora Nacional de Mobilização Voluntária da JMN