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1. Formar líderes é não aparecer!

“Se você quer resultados para dez anos, plante projetos. Se quer para cem anos, plante líderes estratégicos.”

Esta frase do Pr. Josué Campanhã tem me feito refletir muito sobre nosso projeto de mobilização voluntária. Temos plantado líderes? Há em nosso coração a intenção de formar líderes influenciadores mais do que simplesmente um projeto de mobilização?

Comecei a refletir sobre as características de um líder que deseja formar líderes!

A servidão tem sido a base do nosso projeto. Líderes dispostos a servir! Servos que inspirem, amam, cuidam, treinam, oram e moldar líderes servos, inspirados neles.

Nosso objetivo é formar, em cada igreja batista do Brasil, líderes cheios do Espírito Santo do Deus missionário, que influenciem toda sua geração a amar a Deus e a sua missão, orando, fazendo discípulos onde está, contribuindo e despertando vocacionados para obra missionária.

Formar líderes não é fácil e requer algumas atitudes que não são naturais aos seres humanos. Por isso, nosso trabalho não é técnico, mas espiritual, e somente um servo que vive diariamente em busca de uma completa rendição do seu “eu”, consegue formar líderes com excelência.

Quanto menos apareço, mais estou formando líderes!

Esta é a uma característica que vai contra nossa tendência humana. Naturalmente temos a necessidade de aparecer e mostrar serviço. Todo ser humano deseja ser visto, valorizado e reconhecido! Mas, uma das principais maneiras de saber ser de fato estamos formando líderes, e quando eles estão aparecendo e não nós!

Quanto mais eu preciso aparecer, menos líderes estou formando! Automaticamente, quanto menos eu apareço, mais estou cumprindo meu papel de formar líderes!

O grande problema é que, humanamente, todos temos dificuldade de abrir mão dos holofotes. Por isso, a questão é muito mais espiritual do que técnica!

Outra questão que nos atrapalha muito é a dificuldade em confiar e acreditar no potencial das pessoas. De certa forma, agimos como se o Espírito Santo não fosse o dono deste movimento de mobilização voluntária! Talvez por medo de alguns que nos dão trabalho, desconfiamos de todos e não avançamos na formação de líderes estratégicos.

Um exemplo de formação de líderes que sempre vem em minha mente é o Pr. Ralison no sertão. Em três anos que ele ficou em Bom Jesus da Lapa na BA, ele batizou mais de 200 pessoas. Isso foi fruto do seu trabalho de formação de líderes da terra. Nestes três anos, estivemos lá e acompanhamos de perto o seu trabalho. Logo que as pessoas se convertiam ele já observava quem eram os líderes em potencial. Gente simples, muitos analfabetos, mas, ele enxergava ali grandes líderes. Eram muitas comunidades e humanamente impossível ele, como pastor, estar em todos PGMs. Ele cuidava de cada um deles bem de perto, discipulava, amava e … soltava!! Ao serem promovidos a líderes, havia um culto e cada um recebia uma camiseta amarela Jesus transforma! Somente os líderes podiam vestir esta camisa! Aquela gente simples, sem estudo, morando em casas até sem portas, em poucos meses, já estavam liderando os PGMs. Simultaneamente dezenas de PGMs aconteciam durante a semana e aos domingos, a partir das 3 horas da tarde, a Kombi já começava buscar o povo para o culto que começava 19h30! Muitos ficavam chorando nas comunidades distantes, pois não cabiam na Kombi, que já estava abarrotada, e não tinha tempo para voltar novamente nesta comunidade, pois eram muitas!

Isso é formar líderes! Amar, cuidar, treinar e … soltar!!!

Trazendo para Mobilização Voluntária, os MMVs precisam encontrar os promotores, envisioná-los, capacitá-los e enviá-los… “SOLTÁ-LOS”!

Sem dúvida, se trabalharmos e formarmos promotores, líderes estratégicos, teremos resultados para cem anos!

Isso talvez pareça utopia, mas não é! Se um promotor for treinado por um MMV e seguir o que está no Blog do Promotor, ele pode fazer isso perfeitamente! Aqui tem tudo para capacitação do Conselho Missionário, nos mínimos detalhes, estudos, sugestões e etc.

Quanto menos formos vistos, mais estamos formando líderes!

Vamos fazer uma analogia! Nós somos os técnicos de futebol. Nossa função e treinar, preparar, ajudar, mas quem está no campo são os promotores. São eles que aparecem! Quanto mais os jogadores jogam bem, melhor é o técnico! Assim também funciona a mobilização!

Da mesma forma que o técnico tem alguns jogadores que são difíceis de relacionamento, outros muito afoitos, outros um pouco lentos, e etc, assim também é nosso trabalho. Precisamos de sabedoria para chamar nossos “jogadores” no canto, conversar com amor, sabendo explorar suas qualidades, ou o momento que ele precisa ficar um pouco no banco, e etc. Alguns parecem que vêm prontos, são excelentes, mas outros precisam ser moldados. Tudo isso faz parte do trabalho do técnico de futebol e é assim também conosco! O técnico não perde o controle da situação. Ele sabe quem é mais equilibrado e quem ele precisa andar mais perto. Ele não abandona os que são problemáticos, mas procura encostar nele e explorar suas habilidades. Também não deixa o craque do time fazer o que quer, sem dar nenhuma satisfação, mas domina a situação e ganha a confiança de todos.

A formação de líderes é assim. Andamos juntos! É preciso confiar e acreditar no potencial dos promotores. Certamente alguns são os “craques do time” e terão mais facilidade, mas nem por isso você o deixará andar sozinho sem nem saber o que está acontecendo em sua igreja. Outros são mais limitados ou até problemáticos, e você terá que chamar para umas boas conversas, mas nem por isso ele não tem qualidades e você o colocará no banco para sempre! 

Uma das coisas que sempre me chamou a atenção no trabalho do Pr. Ralison é o quanto ele colocava as pessoas na “fogueira” e, assim, os líderes iam se sobressaindo. Ele saia de campo e deixava as pessoas trabalharem, mas, em momento algum ele perdia o controle, como líder!

É fundamental que o MMV trabalhe em sua associação. O nosso sonho é que todos promotores, ao pensar em missões nacionais, tenham como referência o seu MMV! É preciso criar esse vínculo! Os promotores são os jogadores e os MMVs são os seus técnicos!! Os promotores precisam olhar para eles e enxergar isso!

Os MAEs são a referência para os MMVs! São os seus técnicos, e estão com os MMVs em tudo, mas nosso objetivo é que eles formem uma liderança forte, promotores envisionados que formarão uma liderança envisionada em suas igrejas.

Quanto menos aparecemos, mais estamos formando líderes! Isso é realmente algo espiritual! Enquanto o homem deseja ser visto e reconhecido, o servo de Cristo entende que quanto mais ele forma líderes, menos ele será visto e reconhecido.

Uma boa maneira de saber se formamos líderes é quando saímos de ação! Quando saímos e nada muda, todo trabalho continua normalmente e não fazemos falta alguma, cumprimos nossa missão! Humanamente falando, sair sem ser visto parece triste, ou até ingratidão, mas o homem natural não compreende mesmo as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente (I Co 2.14). Só quem tem discernimento espiritual compreende que quanto menos ele aparece, mais ele tem formado líderes! Não precisamos ser vistos, só precisamos cumprir nossa missão!

“Oh, Senhor! Nos ajude a formar líderes servos, humildes, cheios do Teu Espírito Santo. Nos dê um coração de líderes, que não almeje reconhecimento humano, mas queira apenas ver nossos liderados melhores do que nós, para a Tua glória. Em nome de Jesus, amém!”

Silvana S. P. Martines

0 resposta

  1. Se os promotores são jogadores e os mobilizadores são técnico. Como terão esses dois dentro de uma igreja ? Se muitas só trabalha com promotor?

    1. Querida irmã Risoneide, este texto é destinado para os MMVs que trabalham no treinamento dos promotores da associação, por isso esta analogia. O tecnico e os jogadores jamais formam duas equipes! Eles trabalham juntos para o mesmo fim! Um dos objetivos dos MMVs é justamente ajudar os promotores a montarem sua equipe para não trabalharem sozinhos, mesmo que sejam em pequenas igrejas ou congregações. Deus abençoe! Beijos

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