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ARTIGOS

A importância da preparação espiritual para a Campanha Missionária

Quando ouvimos relatos impactantes de Campanhas Missionárias nas igrejas, normalmente encontramos um pequeno grupo que esteve em oração desde antes do início da campanha.

A mobilização missionária é uma batalha espiritual! Vivemos em constante guerra contra o inimigo de nossas almas e, se tratando do avanço do Reino de Deus, estamos incomodando Satanás, atuando no projeto mais relevante do mundo: a salvação do homem (Lc 19.10).

Se envolver com a obra missionária é participar daquilo que Deus está fazendo, pois a obra Dele é fazer com que as pessoas creiam naquele que Ele enviou (Jo 6.29). Por isso, estamos em uma grande luta e, para vencer essa guerra, precisamos ter algumas atitudes.

A primeira é reconhecer que estamos em uma batalha! Em 1 Pedro 5.8 diz: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”.

Uns dos sinônimos de sóbrio é comedido e moderado. Precisamos ter bom senso e observar com sabedoria as artimanhas que o inimigo usa sutilmente para impedir que o trabalho missionário avance. Sabemos que nossa vida não é dirigida pelo inimigo, pois o Senhor que está conosco é maior. Deus dirige nossas vidas e com Ele estamos seguros!

Esse texto nos mostra com clareza que precisamos ser sóbrios e vigiantes. Temos que estar preparados para as ciladas do inimigo, pois ele está ao derredor, rugindo e procurando a quem possa tragar. Ele não deseja que a Igreja de Cristo cumpra seu papel. Seu prazer é ver a igreja com os olhos em si mesma, preocupada com os templos luxuosos ou envolvida com dezenas de programações e eventos que envolvam os crentes. Imagine um soldado no meio de uma guerra, não admitindo que está lá? Será o primeiro a ser abatido pelo inimigo!

Satanás fará de tudo para colocar dúvida e medo em nosso coração. Nós temos uma responsabilidade de extrema importância, pois, por meio do cumprimento de nossa missão, vidas serão despertadas e crianças, adolescentes, jovens e adultos serão moldados como discípulos de Jesus, que multiplicarão outros discípulos que amarão a obra missionária. Assim, missionários serão enviados e muitos ouvirão e crerão! Nosso inimigo se alegra quando uma igreja não se envolve com a obra missionária e ele não quer que isso mude. Quanto mais as igrejas ficarem voltadas para si mesmas, menos vidas serão salvas. Por isso, reconhecer que estamos em uma batalha é a primeira atitude.

Após admitir que estamos em uma batalha, ao invés de nos apavorar, precisamos nos render ao Senhor dos Exércitos! O Salmo 84.12 diz: “Ó Senhor dos Exércitos, como é feliz aquele que em ti confia!”.

Sabe aqueles filmes de guerra, quando alguém se entrega e ergue as mãos ou uma bandeira branca, dizendo: “Eu me rendo”?  Em nossa batalha, quando nos rendemos, ao contrário dos filmes, não nos entregamos ao inimigo e admitimos que ele venceu. Nos rendemos ao Senhor da batalha, ao nosso General, o Senhor dos Exércitos, que guerreia por nós!

Muitas vezes, nossa luta é contra o próprio Deus, quando questionamos a nossa missão. Alguns passam anos sem perceber que Ele quer os usar para influenciar a Sua igreja. Precisamos estar completamente rendidos aos pés de Cristo! A rendição é a expressão máxima de fé, porque simplesmente quer dizer: “Eis-me aqui. Não sei como, onde e nem quando… Apenas me entrego”. A mobilização nem sempre é um trabalho fácil, mas parar de lutar com Deus, reconhecer nossa missão e nos entregar ao Seu querer em nossas vidas fará toda a diferença nessa batalha!

Vem, então, a terceira atitude: Nos revestir da Armadura de Cristo! É o que diz em Efésios 6.13: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”.

Quando reconhecemos que estamos em uma batalha e, assim, nos rendemos ao Senhor dos Exércitos, enxergamos o quanto a oração é parte essencial na preparação de uma campanha! Se aprofunde no texto de Efésios 6.13-17, transmita para a sua equipe a seriedade da batalha espiritual em que estão envolvidos e a necessidade da oração, pois a mobilização missionária não é para técnicos ou eloquentes, mas para pessoas espirituais, que amam a Deus, sua Palavra e vivem na intimidade com o Senhor em seu quarto secreto diário.

Por último, lembre-se de manter os olhos no General. Em Hebreus 12.2 diz: “Olhando fixamente para o Autor e Consumador da fé: Jesus, o qual, por causa do júbilo que lhe fora proposto, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus”. O versículo anterior a esse diz: “Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta”.

Muitas vezes, nos envolvemos com embaraços e pecados que nos rodeiam em nossa caminhada. Dois deles são extremamente nocivos: as críticas e os elogios. As críticas nos derrubam com muita facilidade. Fazemos nosso trabalho com dedicação, amor e, apesar da correria e do cansaço, nos empenhamos para dar o nosso melhor. Mesmo assim, sempre têm aqueles que acham defeitos e problemas no que fazemos. Muitos nos julgam mal e nos criticam. Sem dúvidas, precisamos ter a humildade de avaliar as críticas e observar se há algo que podemos melhorar. Mas, como não nos abalar?

Em relação aos elogios, eles são muito mais nocivos do que as críticas, pois elas nos fazem repensar e avaliar nossas atitudes, enquanto os elogios simplesmente nos fazem “crescer”. Com muita facilidade, nos sentimos bons, capazes e muito competentes. Quando nossos olhos estão em Cristo, nada do que pensam de nós tem valor, pois não estamos preocupados conosco, mas apenas desejamos que Jesus seja glorificado! Se queremos ser canal de Deus para formar uma geração de discípulos, precisamos manter os olhos no General, trabalhando em equipe, todos focados em Cristo.

No Blog do Promotor, você encontra esse estudo com slides prontos para compartilhar com sua equipe, no post “Mobilização: Uma Batalha Espiritual”. Acesse o site: www.missoesnacionais.org.br/blog e confira!

Para encerrar, quero dizer que não somos chamados apenas para fazer uma Campanha Missionária e enviar uma oferta. Deus quer de nós algo muito mais profundo e sério. Precisamos influenciar e formar uma nova geração de discípulos, que cumpra a missão na sua totalidade, multiplicando, amando, intercedendo e sustentando a obra missionária, para que o Evangelho chegue até os confins da terra. Que tarefa honrosa!

Estejamos conscientes da nossa responsabilidade e da batalha espiritual que isso envolve, sabendo que, se reconhecermos e assumirmos nossa postura de soldados alistados, rendidos ao Senhor dos Exércitos, revestidos com a armadura de Deus e com os olhos fixos no General, viveremos, como Igreja de Cristo, o maior despertamento e avivamento missionário de nossa história. E, assim, em breve o General virá nos buscar para vivermos eternamente com Ele!

Deus nos abençoe!

Silvana S. P. Martines

Coordenadora Nacional de Mobilização Voluntária